De volta ao Brasil
Cheguei ao Brasil com a mala rasgada e um pé de mesa quebrado. Comprei uma mesinha de um artesão que é uma obra de arte. Comprei por impulso, foi num momento que me senti turista por lá. Foi numa feira enorme de artesanato onde o assédio é quase insuportável e as negociações em quanza e dólar fazem o preço cair até 90 % para o turista insistente.
Os órgãos públicos são cheios de gente, gente ocupada e muita gente desocupada. Nas atividades privadas não é muito diferente, vimos pedreiros e pintores se acotovelando aos montes nas obras. A necessidade constante de reduzir mão-de-obra que vivemos no mundo em geral, não se vê em Angola. Influência do comunismo já moribundo? Estratégia para diminuir o desemprego? Baixa produtividade do trabalhador angolano? Baixos salários? Não sei.
As pessoas não têm direito a propriedade, não podem adquirir um imóvel. Eles compram o direito de uso por até 60 anos. Isso explica os casos em que pessoas de classe média alta moram em casebres e dirigem carros de aqui custam R$ 140.000,00. Eles empregam o excedente do que ganham em carrões. Há quem critique a ostentação contrastante e humilhante para o povo que nada tem, mas os defensores da liberdade justificam sua necessidade da posse por uns momentos de conforto diante das mazelas que se submeteram nesses últimos anos.
Os órgãos públicos são cheios de gente, gente ocupada e muita gente desocupada. Nas atividades privadas não é muito diferente, vimos pedreiros e pintores se acotovelando aos montes nas obras. A necessidade constante de reduzir mão-de-obra que vivemos no mundo em geral, não se vê em Angola. Influência do comunismo já moribundo? Estratégia para diminuir o desemprego? Baixa produtividade do trabalhador angolano? Baixos salários? Não sei.
As pessoas não têm direito a propriedade, não podem adquirir um imóvel. Eles compram o direito de uso por até 60 anos. Isso explica os casos em que pessoas de classe média alta moram em casebres e dirigem carros de aqui custam R$ 140.000,00. Eles empregam o excedente do que ganham em carrões. Há quem critique a ostentação contrastante e humilhante para o povo que nada tem, mas os defensores da liberdade justificam sua necessidade da posse por uns momentos de conforto diante das mazelas que se submeteram nesses últimos anos.
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